quinta-feira, 24 de março de 2011

Inflação corrói do rendimento do trabalhor em fevereiro, avalia IBGE

RIO - A inflação no mês de fevereiro foi o principal responsável pela queda do rendimento médio real do trabalhador. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio ficou em R$ 1.540,30, inferior em 0,5% do registrado em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2010, o rendimento médio ficou 3,7% superior.
A maior queda de rendimento, de 4%, foi registrada entre os empregos sem carteira assinada do setor privado tendo passado de R$ 1.132,10 para R$ 1.087,30. O rendimento dos militares e funcionários públicos também teve queda, de 1,3% em relação a janeiro, ao pasar de R$ 2.709,43 para R$ 2.673,70.
"O rendimento nominal médio subiu, mas a inflação corroeu esta elevação e, por isso, o rendimento médio real teve queda", explicou o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
As vagas com carteira assinada abertas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE cresceram 1,8% na comparação com janeiro, o equivalente a mais 191 mil postos de trabalho. O avanço ante fevereiro do ano passado foi de 6,9%. Com isso, o percentual da população ocupada com carteira é de 48,1%.
O número de vagas do setor privado sem carteira caiu 3,3% em fevereiro ante o mês anterior e, na comparação com o mesmo mês de 2010, teve queda de 3,9%.
"Há um processo de formalização do trabalho temporário e, por isso, cresce o número de trabalhadores com carteira assinada. A carteira assinada está sendo cada vez mais uma tendência, com maior fiscalização por parte do governo e maior consciência das pessoas", disse Azeredo.

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